conheço as canções que o deserto
desconhece.
bebo nas minhas mãos a imagem do
deserto.
sinto-me torturado nas curvas do
deserto
onde vejo os barcos do planeta
escamoso.
todas as minhas canções crepitam nos
barcos.
todas as vozes concentram-se no meu
sangue.
e o sangue para lá dos oásis do
deserto
lembra os passeios sensuais dos meus
olhos.
João Maimona
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